Apesar de progressos recentes nas negociações entre os EUA e a Rússia sobre a guerra na Ucrânia, persistem desafios significativos. Segundo Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, temas cruciais como cessar-fogo, levantamento de sanções e reconhecimento dos territórios ucranianos anexados pela Rússia, incluindo a Crimeia, não foram abordados.
Peskov destacou uma diferença marcante na abordagem entre a atual administração americana e a anterior, sob o ponto de vista de Moscou.
"A administração anterior dos EUA tinha a visão de que todo o possível deveria ser feito para manter a guerra", afirmou Peskov. "A administração atual, até onde podemos ver, tem a visão de que todo o possível deveria ser feito para parar a guerra e manter a paz."
A declaração de Peskov sugere uma mudança de postura por parte dos EUA em relação ao conflito, buscando agora uma solução pacífica. Entretanto, a cautela permanece.
A participação europeia no processo de negociação também é encarada com reservas por Moscou. A lembrança dos acordos de paz de Minsk, que completaram dez anos sem total cumprimento, alimenta essa desconfiança. A experiência passada com os acordos de Minsk, que buscavam solucionar um conflito anterior no território ucraniano entre a Rússia e a Ucrânia, serve como um alerta sobre os desafios de alcançar a paz duradoura na região.
As negociações entre os EUA e a Rússia representam um passo importante na busca por uma solução para a guerra na Ucrânia. No entanto, a ausência de avanços sobre pontos cruciais e a desconfiança em relação a acordos anteriores sugerem que o caminho para a paz ainda é longo e incerto.
*Reportagem produzida com auxílio de IA