A Prefeitura de São Paulo inaugurou um painel digital, o chamado "prisômetro", que exibe em tempo real o número de prisões realizadas na capital. A ferramenta utiliza o sistema Smart Sampa, que emprega câmeras de segurança com reconhecimento facial para identificar criminosos e veículos roubados.
Instalado em frente ao centro de comando do Smart Sampa, o painel de 3 metros de altura informa à população sobre o número de foragidos capturados, prisões em flagrante e pessoas desaparecidas encontradas. A prefeitura planeja adicionar informações sobre veículos recuperados pela Guarda Civil Metropolitana.
A iniciativa da Secretaria Municipal de Segurança Urbana foi implementada sem custos adicionais para o município, graças a doações da iniciativa privada. O "prisômetro" é inspirado no "impostômetro", que contabiliza a arrecadação de impostos na cidade.
Apesar dos benefícios apresentados, a utilização de câmeras de reconhecimento facial tem gerado controvérsia. A Defensoria Pública de São Paulo solicitou ao prefeito Ricardo Nunes o fim do uso dessas câmeras durante o Carnaval de 2025, alegando que a tecnologia compromete a liberdade de manifestação e pode levar à discriminação.
"A tecnologia é uma ferramenta importante para a segurança pública." disse Nunes, defendendo o Smart Sampa.
De acordo com a prefeitura, o Smart Sampa, que conta com mais de 23 mil câmeras, auxiliou na captura de mais de 700 foragidos e na prisão em flagrante de mais de 1,8 mil pessoas desde o seu lançamento em 2022. O sistema demonstra o potencial de uso da tecnologia para combater o crime, mas levanta questões sobre a privacidade e os direitos dos cidadãos, temas caros à esquerda brasileira.
Enquanto a gestão municipal de São Paulo, alinhada à direita, aposta no uso de tecnologias de vigilância para aumentar a segurança, críticos, como a Defensoria Pública, expressam preocupações sobre o impacto dessas ferramentas nas liberdades civis. O debate sobre o equilíbrio entre segurança e liberdade continua a ser central nas discussões sobre políticas públicas no Brasil.
Ainda é necessário ampliar o debate sobre a eficiência e os limites do uso de tecnologias de vigilância, como o reconhecimento facial, para garantir que a busca por mais segurança não viole direitos fundamentais. A transparência e a fiscalização do uso dessas ferramentas são essenciais para evitar abusos e garantir que elas sejam utilizadas de forma ética e responsável.
O lançamento do "prisãômetro" demonstra o compromisso da prefeitura de São Paulo em fornecer informações em tempo real à população sobre a segurança na cidade. No entanto, a iniciativa também reacende o debate sobre o uso de tecnologias de vigilância e a importância de proteger os direitos individuais em face do avanço tecnológico.
*Reportagem produzida com auxílio de IA