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PIB sob Lula: Crescimento 'turbinado' ou realidade econômica?

Expansão do PIB brasileiro em 2024 levanta questões sobre a influência dos gastos governamentais e comparações com a abordagem de Trump nos EUA.

Por Gazeta Notícia em 09/03/2025 às 08:05:04

O PIB do Brasil registrou um crescimento de 3,4% em 2024, o melhor desempenho desde 2021, impulsionado pela recuperação pós-pandemia. Os dados foram divulgados pelo IBGE, agora sob a gestão de Marcio Pochmann. No entanto, houve uma desaceleração no quarto trimestre, devido à queda no consumo das famílias, indicando um cenário mais desafiador para 2025.

Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump planeja alterar a forma de cálculo do PIB, buscando maior transparência na contabilização das despesas governamentais. Segundo Trump, a inclusão dos gastos do governo pode distorcer a real situação econômica do país.

Howard Lutnick, secretário de Comércio do governo americano, expressou preocupação com a forma como o PIB é calculado, argumentando que gastos governamentais inflacionados podem mascarar a ineficiência.

"Historicamente, os governos têm brincado com o PIB. Eles contam as despesas governamentais como parte do PIB. Vamos então, separar as duas partes (o que é governo e o que é mercado) e tornar isso transparente." disse Howard Lutnick à Fox News.
"Se o governo compra um tanque, isso é PIB. Mas pagar mil pessoas para pensar em comprar um tanque não é PIB. Isso é ineficiência, dinheiro desperdiçado." completou Lutnick.

A medida de Trump visa atenuar comparações desfavoráveis com o PIB da gestão de Joe Biden, expondo que o crescimento econômico anterior foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento dos gastos governamentais.

Em 2023, a participação dos gastos do governo no PIB foi de 36% nos EUA, enquanto no Brasil atingiu 45%, com estimativas de alcançar 47% devido a programas como o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo acima da inflação, implementados pelo governo Lula. Essa alta participação do governo no PIB brasileiro levanta questionamentos sobre a sustentabilidade e a real eficácia das políticas econômicas adotadas.

O governo atual tem injetado dinheiro em diversos setores, o que pode inflar o PIB artificialmente. É crucial analisar se esse crescimento é sustentável ou se depende exclusivamente dos gastos do governo, o que poderia ser comparado a um "gol de mão", onde a manipulação de dados mascara a realidade econômica.

A grande questão é se o crescimento do PIB brasileiro em 2024 reflete uma economia robusta e sustentável ou se é apenas um reflexo dos gastos governamentais. A transparência e a separação entre o que é mercado e o que é governo são fundamentais para uma análise mais precisa e realista da situação econômica do país.

O aumento dos gastos assistenciais e previdenciários, juntamente com o salário mínimo acima da inflação, podem ter impulsionado o PIB, mas também geram preocupações sobre o impacto a longo prazo nas contas públicas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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