O agravamento da crise política na Venezuela gerou preocupação em toda a comunidade internacional e fez o Mercosul convocar uma reunião de emergência para este sábado (1º) para analisar "possíveis vias de solução". Líderes da Argentina, que atualmente preside o bloco regional, do Brasil, Paraguai e Uruguai tentarão encontrar saídas para a crise gerada nesta semana, quando o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) retirou a imunidade dos parlamentares do país e "anulou" as atividades da Assembleia Nacional, dando poderes exclusivos ao presidente Nicolás Maduro.
A Assembleia Nacional é o Parlamento unicameral da Venezuela e a atual legislatura, eleita em 2015, é formada por membros da oposição, que ocupa 112 das 167 cadeiras. O TSJ deu um parecer favorável na quarta-feira à noite (29) ao governo de Maduro e permitiu que o presidente tome todas as decisões sozinho, sem aprovação do Parlamento, alegando que a Assembleia Nacional está em situação de "omissão inconstitucional" e "rebelião".
Nesta manhã, um grupo de parlamentares oposicionistas também foi agredido pela Guarda Nacional diante da sede do TSJ, no centro da capital Caracas. Eles protestavam contra as decisões da Corte, mas os agentes de segurança impediram que se aproximassem. Apoiadores do regisme chavista também lançaram pedras contra os manifestantes. Há anos a Venezuela sofre com uma crise política entre o governo de Maduro e a oposição, provocando situações de desabastecimento e prejuízos sociais. A Venezuela era um membro-pleno do Mercosul até dezembro passado, quando teve seus direitos suspensos por não cumprir os compromissos assumidos ao se tornar sócia do bloco.
Fonte: TERRA